Segundo Ricardo Baeting, enólogo chefe da vinícola, a colheita é desafiadora e muito particular, mas com garantia de ótimos vinhos e muitas novidades

A Viña Morandé divulgou o relatório anual da Safra 2023 que terá mais um grande ano. No entanto com 15% menos volume, mas com vinhos de altíssima qualidade. A comunicação social internacional Decanter definiu o processo de vindima de 2023 como “um ano para estar alerta”. E, sem dúvida, não há vindimas fáceis, mas particularmente 2023 foi um ano desafiante no panorama vitivinícola em todo o Chile.

No relatório, é possível entender a influência das mudanças climáticas, incêndios e tudo que tornou este um ano especial em nossa história. Foi um ano com verão de altas temperaturas – recorde no país –  e, por outro, o Sul do Chile foi afetado por grandes incêndios florestais.

Em termos gerais, a vindima de 2023 ficou marcada, sobretudo, por um inverno muito frio e com mais precipitação dentro da normalidade, ao contrário dos anos anteriores em que a precipitação tinha sido muito deficiente. A primavera, por sua vez, também foi bem mais fria em relação aos anos anteriores, o que atrasou o desenvolvimento fenológico, mas teve crescimento foliar significativo devido às chuvas de inverno.

“Tudo indicava que a maturação das uvas seria mais tardia do que o normal, até porque as inflorescências (futuros cachos) eram abundantes, pelo menos acima da média” comenta o enólogo chefe Ricardo Baettig. “No entanto, a partir de dezembro, o verão foi quente e as temperaturas em geral aumentaram constantemente, o que acelerou rapidamente a maturidade. Isso resultou em uma queda significativa no peso dos cachos e uma certa desidratação da fruta, devido ao calor excessivo e à irrigação restrita em algumas áreas”, finaliza.

Foto: matt wilson

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