O cenário vitivinícola vem crescendo e se expandindo numa velocidade impressionante. Prova disso é o surgimento e reconhecimento de regiões produtoras que até então era difícil de imaginar produzindo grandes vinhos.
grandes produtores europeus como Domaine Baron de Rothschild e LVMH vêm elevando consideravelmente o padrão de qualidade da china
Apesar de a China estar na mira dos grandes produtores europeus há algum tempo, como Domaine Baron de Rothschild e LVMH (Louis Vuitton Moët Henessy), grupos que vêm elevando consideravelmente o padrão de qualidade local, ainda é pouco comum ver os vinhos chineses transitando pelas mesas dos apreciadores. Mas isso deve mudar e logo, pois na última década, os chineses dobraram a área de hectares plantados no país (pulando de 300 para 600 mil hectares), tornando-se assim o maior produtor de uvas do mundo.
O mesmo podemos esperar dos vinhos turcos, que já ocupam o sexto lugar como maior produtores de uvas do mundo – atualmente produzem 28 milhões de litros por ano, mas podem, facilmente, dobrar esta quantidade, já que o número produzido representa apenas metade do seu potencial. Apesar de o país ser conhecido pela produção das uvas de mesa, este é um cenário que já vem mudando e em breve os vinhos finos turcos devem alcançar o mundo e se tornar um exemplar de peso nesse mercado crescente.
A maior aposta da Turquia como contribuição para o universo de Baco são os vinhos feitos através da uva indígena Öküzgözü. O nome assusta num primeiro momento, mas o vinho produzido por essa variedade tem tudo para agradar o paladar dos enófilos. Com lembranças da italiana Dolcetto, a variedade turca produz vinhos equilibrados, de personalidade e fácil de agradar. Segundo o especialista Gregory Dal Piaz podemos esperar bons exemplares da Öküzgözü.
Finger Lakes e Geórgia, na terra do Tio Sam, também nos reservam boas possibilidades. Duas regiões que, apesar de não transitarem entre as renomadas Sonoma e Napa Valley, estão sendo observadas de perto pelos especialistas.
A área de Finger Lakes de Nova York, no nordeste dos Estados Unidos, é conhecida por seus Rieslings e vêm recebendo bastante capital de investimento e atenção da mídia que vem divulgando com bastante entusiasmo as boas novas da região. A notícia mais explorada é a joint-venture de Paul Hobbs e Johannes Selbach que promete grandes vinhos a serem desenvolvidos no lago Seneca.
Já a Geórgia tem chamado a atenção por seus tradicionais vinhos Qvevri – fermentados no barro Qvevri. Segundo Gregory, um elo histórico que liga as interpretações modernas deste estilo de vinho às suas raízes.
Fotos: Divulgação e TurkishTravelBlog
